Nesta vivência as crianças e adultos cuidadores são convidados a brincar artísticamente com água, ar e bolhas de sabão. Cada elemento dessa brincadeira antiga encanta e traz leveza por onde passa.
Nossas ferramentas são:
– Raquete para bolhas múltiplas (fabricação da Ana Gira Sol);
– Varetas para bolhas gigantes (fabricação da Ana Gira Sol)
A raquete permite um movimento livre e espontâneo dos braços, gerando uma quantidade de bolhas que saem da cada orifício da estrela feita com barbante dentro do círculo.
Dependendo do movimento e da quantidade de ar é possível produzir muitas bolhas com apenas um mergulho no líquido de bolhas.
Seu uso é indicado para crianças que já andam (a partir de 1 ano).
A vareta permite a criação de bolhas gigantes com a manipulação e movimentação (abertura e fechamento) do trançado de barbante preso a vareta. Este movimento, que é quase uma dança delicada, permite envolver o ar com a película da bolha, criando uma bolha que pode ficar enorme.
Seu uso é indicado para crianças que já andam e possuem alguma independência de movimento (geralmente a partir de 4 anos).
A ideia da vivência veio das minha experimentações artísticas no programa PIÁ (Programa de Iniciação Artística da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo). Aos poucos fui construindo as ferramentas da brincadeira e aprimorando, até que surgiu a ideia de criar a intervenção artística como uma forma de dialogar leveza, infância, famílias, resgate da infância e memórias das brincadeiras tradicionais.
Uma das vivências propostas com bolha de sabão foi durante o programa PIAPI (Programa de Iniciação Artística à Primeira Infância da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo) na praça do Campo Limpo. Foi um momento muito gostoso de presenciar, pessoas de todas as idades descobrindo e experimentando formas diferentes de fazer bolha de sabão.
“A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque, requer um gesto de interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm:
requer parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, parar para
sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a
vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos,
falar do que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço.”
(BONDÍA, 2002)