Xequerê – amarrações e ancestralidade

A artista educadora Ana Cristina Anjos iniciou sua trajetória na construção de xequerê conhecendo o mestre Afonsinho Menino em 2013, a partir de algumas vivências com o mestre resolveu se aprofundar, entendendo sua história, relação com sua ancestralidade e a familiaridade com a cabaça (fruto).  

Em 2016 fez sua primeira oficina na equipe do Programa PIÁ*** (Programa de Iniciação Artística da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo). 

 

***O programa PIÁ é um programa público da supervisão de formação que atende crianças e adolescentes (de 5 a 14 anos) da cidade de São Paulo com propostas artísticas e brincantes em várias linguagens: música, teatro, dança, artes visuais, literatura e etc. O PIÁ tem caráter de auto formação, em que as trocas entre integrantes da equipe acontece  para compartilhar saberes.

Sobre o instrumento:

“O xequerê é um instrumento de percussão de
origem africana, consiste em uma cabaça envolta com
uma rede de miçangas ou sementes. No Brasil ele faz
parte de diversas manifestações culturais, em especial o
carnaval com os grupos de maracatu, afoxés, escolas de
samba, entre outros.”

Ana Cristina Anjos

Tecer um xequerê /agbê exige muita paciência e concentração, é um trabalho que exercita além das manualidades a capacidade de esperar o resultado aparecer.

Formação em Piedade - SP

Outro momento memorável foi a participação da educadora Ana Cristina Anjos na formação de educadores da Escola de Educação Infantil Tick & Titos em 2016, o espaço que recebeu a oficina se chama ESPAÇO ERA DOURADA ASHRAM e fica em Piedade – SP. Um espaço para quem busca paz interior, tranquilidade e contato com a natureza. Foi perfeito para receber a oficina que busca tranquilidade para a construção e montagem da rede de contas.

Nesta foto a artista educadora explica sobre o instrumento e sua construção.

Durante a construção foi possível observar os tempos de cada pessoa, mesmo estando com educadoras, este processo se mostrou um grande desafio de paciência e determinação. Além de ser um processo terapêutico, tecer o xequerê tem se mostrado uma prática artística também, no escolher das cores, na disposição delas e como isso dialoga com minha prática no cotidiano.

Cada xequerê produzido trouxe um pouquinho de cada participante, um pouco sobre seus gostos e sobre seu estado naquele momento do fazer. 

Resultado da oficina!

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